quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ainda A Origem do Mundo de Gustave Courbet

PSP de Braga vai devolver livros apreendidos

A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai devolver os livros apreendidos em Braga, na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições, em virtude de a capa reproduzir uma fotografia de uma obra de arte, informou hoje a Direcção Nacional.

(...)

O segundo comandante da PSP, subintendente Henriques Almeida, adiantou anteriormente que a exposição dos livros estava a atrair a curiosidade das crianças que brincam na zona cujos pais se mostravam incomodados com o facto.

"Havia possibilidade de haver discussões e mesmo desacatos entre os livreiros e os pais das crianças", afirmou, frisando que vários cidadãos se dirigiram ao piquete da polícia que se encontra "de guarda" ao Banco de Portugal queixando-se e ameaçando "tomar medidas".

Henriques Almeida afirmou que, pessoalmente, "não considera a reprodução do quadro como pornográfica", garantindo que não foi "censória" a intenção da acção policial. "Se não tivéssemos agido e houvesse desacatos, éramos criticados... Assim, decidimos agir preventivamente", sublinhou.
24.02.2009 - 20h50 Lusa

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Porra! Lá tinham de nos estragar o post anterior! Mas pronto. Deu para entender as acções da PSP.
Na impossibilidade de injectar meio litro de desentupidor de cananilzações ou espetar uma bala no interior dos crânios dos cidadãos exaltados com a imagem de uma mulher nua que viram na capa de um livro, estando estes a ameaçar tomar medidas, os agentes no local optaram por esta via.
Tá bem. Assim, naquela Feira do Livro de Bagdah, ninguém se magoou.

A preocupação demonstrada pelos pais das crianças que por lá andavam a mexer nos livros é o que mais nos comove nesta história. Algo tem de ser feito para impedir que tal coisa se repita!

Está indicutivelmente na altura de proibir as crianças de mexer em livros. Sabe-se lá que merdas naquelas páginas fininhas e escondidas umas entre as outras elas poderão encontrar.
Anda para aqui um gajo (ou gaja, perdão) a transmitir aos miúdos toda a nossa sapiência, preconceitos e ódios diversos e depois eles abrem um livro, começam a ler sabe-se lá o quê que nos vai contradizer ou pior, mostrar-lhes que não passamos de ignorantes embrutecidos e arrogantes.
O passo seguinte é passarem a rir-se de nós.
Não dá.

Senhores deputados, aviem lá uma lei que proíba aos putos até aos 18 anos o consumo de livros. Só televisão. E Internet.
Se fizerem as contas até sai mais barato.

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